Buenos Aires é um povo noturno e muita gente sabe disso. E esse hábito também se reflete nas compras: o horário de pico das filas nos grandes supermercados é depois das 20h. São comuns porque outro hábito facilmente percebido em Buenos Aires são as pequenas compras que fazem quase todos os dias. Não há nada melhor do que a “Compra do Mês” do Brasil, um legado da era hiperinflacionária. Esse foi o horário da quarta-feira (13) em que o repórter optou por fazer compras em um hipermercado de Palermo, comunidade de classe média alta da capital argentina. A fila era longa, mas algumas carroças estavam mais lotadas que o normal. Há cerca de 24 horas, o ministro da Economia, Luiz Caputo, anunciou o primeiro conjunto de medidas do governo de Javier Milei. Além de fixar a taxa de câmbio oficial em 800 pesos por dólar e de eliminar os subsídios aos transportes e à electricidade, a política do “preço justo” foi encerrada.