Justiça autoriza o deslocamento de detentos do RJ para penitenciária federal - Noticia Pelo Mundo
Justiça autoriza o deslocamento de detentos do RJ para penitenciária federal

Justiça autoriza o deslocamento de detentos do RJ para penitenciária federal

Uma semana após uma grande operação policial que resultou em 121 óbitos, a Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro concedeu, nesta terça-feira (4), permissão para que a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) do Ministério da Justiça e Segurança Pública realize a transferência de sete detentos de prisões estaduais do Rio de Janeiro para o sistema penitenciário federal.

O procedimento será enviado ao Juízo Federal responsável para que as formalidades legais sejam seguidas. Após a autorização do juiz, a Polícia Penal Federal efetuará as transferências.
Ainda não há definição sobre a penitenciária federal que receberá os detentos. Por motivos de segurança, tais detalhes só são revelados após a finalização das escoltas.

O governo do estado do Rio tinha solicitado dez novas vagas em penitenciárias federais.

A Senappen também informou que, até 2025, 12 novos detentos do Rio de Janeiro serão integrados ao Sistema Penitenciário Federal. Atualmente, o Rio ocupa a segunda posição em quantidade de presos sob custódia judicial, com um total de 59 detidos.

Doca permanece foragido
O principal alvo da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Edgar Alves de Andrade — conhecido como “Doca” ou “Urso” — ainda está em fuga.

Identificado pelas forças de segurança como uma das principais lideranças do Comando Vermelho (CV), Doca conseguiu escapar durante a operação policial. De acordo com o analista convidado da CNN Brasil, Leandro Stoliar, a fuga foi apoiada por cerca de 70 membros da facção, que formaram um cerco armado para assegurar a saída do criminoso da área.
A polícia ainda não tem informações sobre seu paradeiro. O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à localização do fugitivo — o mesmo valor pago na busca por Fernandinho Beira-Mar quando ele fugiu para a Colômbia.

O Ministério Público aponta Doca como o responsável por comandar atos de tortura no Complexo da Penha. Ele é considerado um dos líderes do tráfico de drogas do Comando Vermelho e, atualmente, estaria à frente do comércio ilegal de drogas no Morro do São Simão, em Queimados, na Baixada Fluminense.

Natural de Caiçara, na Paraíba, Doca se tornou uma das principais figuras da facção ao longo dos últimos anos, ganhando influência dentro da hierarquia do CV e liderando operações criminosas em diversas áreas do estado do Rio.

As forças de segurança continuam realizando buscas na tentativa de encontrar o suspeito. A megaoperação do dia 28 de outubro resultou em mais de 120 mortes, segundo dados oficiais, e foi a ação policial mais mortal já registrada no estado.

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